Atendimento psicológico infantil
“Uma mãe me procura aflita; seu filho está sempre se engasgando. Já foi ao médico e não há nada em sua garganta.”
Diante de um quadro assim torna-se fácil detectar que existem fatores psicológicos atuando. Mas nem sempre os sinais são tão aparentes, especialmente entre crianças mais tímidas, aquelas que parecem não incomodar seu meio social.
Quando a queixa inicial parte da escola existe mais aceitação em procurar um psicoterapeuta, porém mais sutil são aqueles casos em que às vezes só aparecem num comentário casual da mãe que procura o pediatra por outras situações – em geral orgânicas... Nesta hora faz uma grande diferença a escuta atenta do médico e o seu olhar cuidadoso e experiente.
E quando nota-se a necessidade de um auxílio psicológico, qual é a melhor intervenção? Existem tantas correntes dentro da Psicologia e cada vez mais profissionais se formando e anunciando que atendem crianças...
Assusta tomar conhecimento do pouco que realmente é feito em alguns consultórios psicológicos que não são preparados com a devida qualidade e experiência para trabalharem com crianças.
O bom psicólogo infantil precisa estar investido de muito estudo, supervisão e análise pessoal. Disponibilidade, empatia e acolhimento são fundamentais, mas obviamente não bastam.
Favorecer a inclusão da família no processo e ter sutileza e precisão para lhe dar os feedbacks é importante e tudo começa desde a primeira ligação telefônica que o adulto faz, geralmente depois de muito pensar e resistir.
Também é importante saber considerar a criança em todo o seu contexto e daí promover o contato com os demais profissionais que lidam com ela, seja o médico, o fonoaudiólogo ou os professores, com a visita periódica em seu colégio. Tudo isso com a participação e consentimento da criança, pois o que não se pode fazer é aliená-la ainda mais de suas partes. O caminho é justamente a integração.
O profissional de psicologia deve ter condições de utilizar testagens básicas para favorecer o psicodiagnóstico, mas de uma forma lúdica e com sensibilidade para o momento da criança, já que o estabelecimento inicial de vínculo e segurança são cruciais para uma abordagem psicoterapêutica.
A Ludoterapia é um recurso através do qual tudo pode acontecer. Com a verdade e transparência do discurso desde o primeiro momento, a criança começa a compreender o por que de estar semanalmente com uma pessoa tão disponível para brincar com ela. Percebendo que o consultório é um lugar especial, representado por alguém que quer realmente conhecê-la para ajudar, a criança vai permitindo que a linguagem aconteça por meio do brinquedo, da dramatização e das artes. E tendo o diálogo como consequência natural, ali se constrói um novo tipo de relação; a base para as suas transformações.
A Arteterapia também passa por esse caminho, como uma forma de expressão. O que se faz em artes acontece como uma metáfora, que simboliza uma situação, as emoções que estão sendo vividas ou a própria pessoa. Através do conteúdo manifesto nas artes e do trabalho desenvolvido com ele, encontram-se formas inovadoras de lidar com os mais diversos conflitos.
A Psicoterapia deve potencializar os recursos próprios que cada pessoa dispõe, permitindo a sua religação com esse poder. Muitas vezes a criança está tão desconectada de seu quantum de saúde que só consegue apresentar-se por meio de um sintoma, mas se esta é a única forma que consegue de pedir ajuda, torço para que alguém atento consiga escutá-la. Seja este o médico, a mãe, o pai, um professor, ou alguém que consiga compreender que há algo ali para ser comunicado, sempre.
Vera Estrella
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